Por Naíma G.
A vida é mesmo uma peça de teatro.
Quando menos se espera, já passou. Já chegou. Já se tornou.
Passou meia hora, uma hora. Um dia. Uma semana. Um mês, semestre, um ano.
E ficou para trás o trauma do término.
Surgiu, como numa benção, a tão esperada felicidade, a tão sonhada paz interior, tão de repente e no momento certo, que até parece mentira.
De repente, encontro-me aqui, sentada na poltrona do ônibus, rumo à cidade dos meus pais. E chorando. Fazendo força pra não emitir os sons do soluço. Sem entender direito o por quê de estar assim. Começo a refletir e, enfim, percebo que é pura emoção…
Antes que eu percebesse, já estava com você.
Não foi à toa que cheguei a ti. Se a essas ruas sobrevivi, e nessas praias não me afoguei, foi só porque tinha algo a dizer pra você… Quando eu te vi, não foi fácil imaginar.
Demorei pra ver, demorou pra ser, mas agora é.
Da primeira vez que você me contou da sua mãe e da sua avó, sentado no banco de motorista, sendo o meu Uber wanna be, eu não imaginava que as nossas conversas seriam tão boas para mim quanto se tornaram.
Demorou pra ser, mas agora é…
Dá coragem à hesitação, ama o que te treme as mãos, não te deixa derrubar… será? A hora é já, meu amor.
Tem em mim tudo o que você quiser, tudo o que faltou no amor, tudo o que jamais terá.
Vem cá, eu vou te dar tudo de mim…
E o amor irá nos acompanhar até o fim.
P.s.: esse cheiro de cigarro que fica na roupa, antes irritante e causa de tantas crises de rinite, tornou-se sinônimo de aconchego. 🙂
(ele me remete a boas lembranças, que agora guardo ao teu lado)
Inspirado nas músicas da playlist “Ao Amor que está chegando”.